Deputados ameaçam convocar Palocci por PEC 300
Parlamentares que  defendem a votação do piso dos policiais resolvem pressionar governo com  o caso que envolve o ministro da Casa Civil
Mário Coelho
Depois da bancada evangélica,  agora chegou a vez de parlamentares defensores da PEC 300 ameaçarem  convocar o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para prestar  depoimento na Câmara. Durante lançamento da frente parlamentar em defesa  à proposta, começou a movimentação para trocar a convocação do titular  da pasta em troca da entrada da matéria, que cria o piso salarial  nacional para policiais e bombeiros militares.
Volta a pressão dos policiais pela PEC 300
“Eu vou levar essa proposta ao  presidente da Câmara. Ou coloca a PEC 300 na ordem do dia, ou convocamos  o ministro Palocci na Comissão de Segurança Pública”, disse o  presidente da frente parlamentar, deputado Otoniel Lima (PRB-SP).  Enquanto foi deputado, Palocci viu seu patrimônio aumentar 20 vezes, de  acordo com a Folha de S. Paulo. O ministro confirmou a evolução  patrimonial e a atribuiu aos ganhos obtidos por ele com sua empresa de  consultoria.
Por conta da reportagem da  Folha, a oposição tentou convocar o ministro da Casa Civil para depor em  comissões permanentes e no plenário. No entanto, todos os requerimentos  apresentados foram derrubados pela base governista. A sugestão de usar  Palocci como moeda de troca veio do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ).  “Aqui é uma Casa política. Quando o governo queria empurrar a cartilha  do kit gay, eu reuni as bancadas evangélica e católica. Nós dissemos que  convocaríamos o Palocci caso o material fosse distribuído”, afirmou  Garotinho.
No dia seguinte à ameaça feita  pelas bancadas, o governo decidiu suspender o material do kit  anti-homofobia que seria distribuído pelo Ministério das Educação nas  escolas públicas de todo o país. A proposta feita hoje já conta com o  apoio de partidos da oposição, em especial o DEM. Porém, deputados  afirmam nos bastidores que o poder de barganha dos parlamentares que  apoiam a PEC 300 é menor.
As  bancadas evangélica e católica são numerosas e estão espalhadas por  diversos partidos, tanto da base quanto da oposição. Apesar de contar  com a assinatura de 308 parlamentares, deputados acreditam que a frente  parlamentar não terá tanto poder para forçar a convocação de Palocci. De  acordo com Lima, o requerimento tem condições de ser aprovado na  Comissão de Segurança Pública. O colegiado possui 28 membros titulares.
A PEC 300 foi aprovada em  primeiro turno em março do ano passado. O acordo feito inicialmente  garantia a votação complementar após o segundo turno da eleição  presidencial. No entanto, isso acabou não acontecendo. No fim de 2010, o  então vice-presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), anunciou a criação  de uma comissão especial para tratar da proposta. Até agora, PT e PSDB  não indicaram seus membros. “Sem pressão nada será aprovado nesta Casa.  Nós temos uma caminhada muito longa. O governo federal é contra, os  governos estaduais são contra”, disse o deputado Arnaldo Faria de Sá  (PTB-SP).
Fonte: Pec300
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